quarta-feira, 22 de junho de 2011

Família: Agência dos valores em dias relativistas

Queridos leitores, nesta quarta-feira ministrei uma mensagem no encerramento de uma campanha em prol da familia em uma congregação, e decidi compartilhar parte dela convosco.

O texto base é 2Tm 1.5 "trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti". E a partir deste texto paulino, pode-se extrair as seguintes premissas:

(1) Paulo está escrevendo para seu filho na fé Timóteo (1Tm 1.2), o qual se converteu ao cristianismo durante a pregação de Paulo na sua primeira viagem missionária na cidade de Listra, onde Timóteo e sua familia moravam (At 14.6,7) e algum tempo depois o acompanharia em suas outras viagens missionárias (At 16.1-3).

(2) Timóteo era filho de uma judia por nome Eunice e de um homem grego. A sua avó materna era Lóide, também judia. Esta família morava na Galácia. Como Paulo desejou levar Timóteo consigo nas suas viagens, e iria precisar dele em suas pregações nas sinagogas de judeus, e como só entrava nas reuniões sagradas os judeus, Paulo decidiu circuncidar Timóteo, pois até o momento este adelescente de pai grego (nem judeu nem cristão) não era circuncidado, não sendo, portanto, judeu oficialmente.

(3) O interessante é que agora no final de sua vida Paulo está escrevendo para o presbítero Timóteo dizendo que desde a sua infância era educado por sua mãe nos princípios de Deus (2Tm 3.15), e que sua mãe tinha aprendido os mesmos princípios com sua avó Lóide.

(4) Extraímos uma bela lição dessa história: os valores sócio-religiosos foram cultivados e transmitidos de uma geração para outra dentro da família de Timóteo.

(5) Em nossos dias de filosofia realtivista, materialista e de inversão de valores é necessário as famílias cristãs assumirem seu papel de defensora dos valores sociais e religiosos.

(6) A família é a célula-mater da sociedade e a primeira e principal agência de Deus na Terra. A família é antes da igreja. Não existe igreja sem família, mas existe família sem igreja.

(7) A família deve cultivar e propagar os valores sócio-religiosos.

(8) Segue quatro valores de muitos que poderiam ser listados:
a) Unidade familiar: o casamento, a união heterossexual e a união entre os membros da família (conjugues, pais e filhos) devem ser preservados. Dizer "não" ao divórcio, ao adultério e à homoafetividade são posições a serem tomadas.
b) Respeito e Obediência entre os familiares: começando entre os conjugues, onde é dever do marido amar sua esposa (como Cristo amou a Igreja) e da esposa sujeitar-se ao esposo (como a Igreja sujeita-se a Cristo) gerando nos filhos o respeito e obediência. Quem respeita pai e mãe, respeita às demais autoridades que lhe forem apresentadas em sua vida.
c) Trabalho honesto, limites: a honestidade e o trabalho geram a percepção psicológica dos limites que a vida oferece a cada ser humano. Sem essa idéia dos limites um ser humano faz atrocidades contra outro ser humano, em favor de suas ambições desonestas. Não podem haver mentiras, falsidades, injustiças ou avareza no seio da família cristã.
d) Temor a Deus, fé: é o valor que serve de fundamento para todos os outros e muito negligenciado em nossos dias. A família deve ensinar os princípios cristãos e morais aos seus descendentes e permitir a Presença de Deus no lar para que esses valores e outros tão importantes sejam latentes em todos os seus membros.

(9) O Maligno nestes dias por meio de seus mais variados instrumentos tecnológicos e humanos buscará desintegrar a família.

(10) Contudo, a família cristã deve estar atenta e firme na defesa dos valores sócio-religiosos e, assim como a família de Timóteo, possa ter o prazer de passar esses valores de geração a geração.