domingo, 24 de abril de 2011

O "ISH" em Êxodo 12.3

Amados leitores, fazendo uma simples exegese do texto de Êxodo capítulo doze e versículo três, em função desse final de semana pascal, notei uma informação extremamente interessante.
As nossas traduções biblicas em português omitem uma palavra do texto original e essa palavra nos dará uma visão ampliada da inspiração do texto sagrado e do poder de Deus no Plano da Salvação.
A ARC traduz assim, Ex. 12.3: "Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada casa."
Pude conferir também na ARA, na BJ, na NVI e outras traduções utilizadas em nosso círculo cristão, e todas traduzem esse versículo dessa mesma maneira. A Septuaginta também traduz de uma forma parecida.
O interessante é transliterar (o que dá muito trabalho, rsrs) esse versículo do texto massorético (BHS). No original, o texto transliterado é este:


daberu `el-kal-´adath Ysera`el le-`mer be´asr lahodesh hazer veyqehu lahem `ish seh leveyth-avoth seh labayth (o negrito é meu).


O segredo está na palavra negritada. Essa palavra não foi traduzida e incluída pelos tradutores das versões que usamos. Eles a omitiram, talvez propositalmente, tentando evitar confusão na leitura do texto. A tradução literal seria:


"Falai para todo o Israel um lembrete dizendo: Em dez deste mês eles tomarão um homem cordeiro por família paterna, um cordeiro por casa" (observe a expressão em negrito).


O termo "ish" significa "homem"; enquanto que "zakhar" significa "macho". No versículo em questão é usado "ish" ao invés de "zakhar". A idéia é que o cordeiro escolhido representaria um homem, o primogênito da família que seria poupado da morte naquela noite de Páscoa.
Entretanto, a expressão "ish seh" ou "homem cordeiro" apontava para Jesus Cristo o "homem cordeiro" de Deus que viria ao mundo a ser sacrificado, e ressuscitar como Primogênito dentre os mortos para salvação da humanidade (Jo 1.29, 36; 1Pe 1.19).
Portanto, leitores, amantes da Bíblia (ou não), essas informações nos deixa mais admirados diante da inspiração desse Livro Santo. Além disso, ser um estudioso desse Livro é motivador, pois ele nos inquieta e instiga, haja vista as nuanças e mistérios deixados pelas lacunas do tempo, da geografia, da cultura e da língua em que os textos bíblicos foram escritos. Bons estudos!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

É preciso pensar

Vive-se um tempo em que o PENSAR tem sido podado e menosprezado por muitos dentro do círculo cristão. Já houve a "Idade Medieval", onde as pessoas deveriam obedecer sem questionar, sem pensar. Atualmente, entretanto, ainda que a razão esteja em alta na sociedade moderna, existem cristãos que preferem viver a idéia do "eu sinto, não penso".
Deus nunca foi contrário ao pensar, haja vista que Ele próprio foi quem nos deu o raciocínio, a capacidade de construir cadeias de pensamentos.
A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus (Rm 10.17). Esse versículo mostra que a fé resulta do ouvir, que implica num pensar a respeito do que se ouve.
Enfim, em outro momento escreveremos sobre o pensar dentro do contexto bíblico. Mas, essa introdução é somente para apresentar-vos a músico "É proibido pensar" do irmão João Alexandre. Achei notável como na sua poesia ele questiona o "evangeliquês" que estamos vivendo, onde pensa-se pouco, e manipula-se mais.

Querido leitor, não se deixe levar por essa "onda" do "sentir somente"; pense, estude, pesquise, questione, critique (no bom sentido da palavra criticar), e formule suas conclusões. A verdadeira Fé é fruto de um profuundo Pensar.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Datas históricas: 21 de abril e Sexta-feira Santa



















Nesse abril de 2011, um encontro de datas nos chama à atenção: 21 e 22 de abril. A primeira comemora o dia da execussão de Tiradentes, o líder dos inconfidentes mineiros; a segunda data comemora, nesse ano a Páscoa, o suposto dia da morte de Jesus. Dois homens que viveram em épocas bem distantes, um no Brasil português outro na Judéia romana. Considerando, é claro, a inalcansável distinção entre um mero "Tiradentes" e o único Jesus Cristo, propusemos estabelecer, por curiosidade e não por doutrina, algumas relações entre estas duas pessoas históricas.

A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta abortada pelo governo em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama (um imposto cobrado sobre o ouro) e o domínio português. A classe mais abastada de Minas Gerais (proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares), descontentes, começaram a se reunir para conspirar contra o domínio português pretendendo eliminar a dominação portuguesa das Minas Gerais e estabelecer ali um país livre. Não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, pois naquele momento uma identidade nacional ainda não havia se formado, e também não havia uma intenção clara de libertar os escravos, já que muitos dos participantes do movimento eram detentores dessa mão-de-obra.
Entre esses descontentes destacavam-se, entre outros, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, os padres José da Silva e Oliveira Rolim e Carlos Correia de Toledo e Melo, o cônego Luís Vieira da Silva, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa, o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de "Tiradentes".
A conspiração foi desmantelada em 1789, ano da Revolução Francesa. O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, que fez a denúncia para obter perdão de suas dívidas com a Coroa. Os líderes do movimento foram detidos e enviados para o Rio de Janeiro onde responderam pelo crime de lesa-majestade, materializado em inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Durante o inquérito judicial, todos negaram a sua participação no movimento, menos o alferes Joaquim José da Silva Xavier, que assumiu a responsabilidade de chefia do movimento.
Tiradentes, o conjurado de mais baixa condição social, foi o único condenado à morte por enforcamento, sendo a sentença executada publicamente a 21 de abril de 1792 no Campo da Lampadosa. Após a execução, o corpo foi levado em uma carreta do Exército para a Casa do Trem (hoje parte do Museu Histórico Nacional), onde foi esquartejado. O tronco do corpo foi entregue à Santa Casa de Misericórdia, sendo enterrado como indigente. A cabeça e os quatro pedaços do corpo foram salgados, para não apodrecerem rapidamente, acondicionados em sacos de couro e enviados para as Minas Gerais, sendo pregados em pontos do Caminho Novo onde Tiradentes pregou suas ideias revolucionárias. A cabeça foi exposta em Vila Rica (atual Ouro Preto), no alto de um poste defronte à sede do governo. O castigo era exemplar, a fim de dissuadir qualquer outra tentativa de questionamento do poder da metrópole.
Tiradentes, portanto, tornou-se um símbolo da resistência e luta pela independência do Brasil.
O que há de semelhante e diferente entre Tiradentes e Jesus?

SEMELHANÇAS:
(1) Ambos nasceram em um país colonizado.
(2) Ambos foram martirizados por uma causa.
(3) Ambos foram julgados e condenados por um governo que não representava seu povo.
(4) Ambos foram julgados como "inconfidentes", traidores do Estado.
(5) Ambos foram traídos por um companheiro.
(6) O instrumento de morte de ambos foram parecidos: uma forca e uma cruz.
(7) Ambos se tornaram heróis.


DIFERENÇAS:

(1) Tiradentes lutava pela liberdade de um estado ou país; Jesus lutou pela liberdade da Humanidade.
(2) Tiradentes não lutava pelos escravos; Jesus veio dar liberdade aos cativos.
(3) Tiradentes era um de muitos inconfidentes; Jesus é Único.
(4) Tiradentes e seus companheiros lutavam também por interesses próprios; Jesus lutava pela necessidade dos outros.
(5)Tiradentes foi esquartejado, depois de morto; Jesus não teve nenhum osso quebrado.
(6) Tiradentes está morto; Jesus ressussitou, Ele está vivo.
(7) Tiradentes foi homem; Jesus é Deus, Deus que se fez Homem.
(8) Tiradentes é um herói morto; Jesus é O Herói vivo.
(9) Tiradentes foi vencido; Jesus Venceu.
(10) Tiradentes precisa ser salvo; Jesus é a Salvação.
(11) Tiradentes influenciou alguns milhares; Jesus influenciou e continua influenciando Bilhões de pessoas.
(12) Tiradentes era um pecador; Jesus nunca cometeu pecado.

Entendo que ao ler esse texto, você pode acrescentar mais semelhanças e diferenças entre eles. Mas, sempre, sempre as DIFERENÇAS serão em maior número, POIS JESUS É INSUPERÁVEL, INALCANSÁVEL EM SUA PESSOA E AÇÕES.


LOUVADO SEJA JESUS CRISTO PARA SEMPRE.

Sites pesquisados:
pt.wikipedia.org/wiki/Inconfidência_Mineira
http://www.sohistoria.com.br/ef2/inconfidencia/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Matrículas Abertas!




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